O senador Paulo Paim (PT-RG) está preocupado com a elevada carga tributária e seus impactos na renda dos trabalhadores, especialmente os mais pobres, e na redução de investimentos feitos pelo setor produtivo.

 

Paim citou estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que é composta pelos países mais ricos e desenvolvidos, que indica que a carga tributária do Brasil equivale a 35,7% do produto interno bruto, índice semelhante ao desses países.

 

A diferença é que, nos países mais desenvolvidos, os serviços públicos oferecidos são de boa qualidade, enquanto que, no Brasil, isso é a exceção, lamentou o senador.

 

Paulo Paim lembrou que as várias tentativas de se fazer uma reforma tributária no país foram frustradas e apontou os interesses conflitantes entre empresários, trabalhadores e governantes como o motivo de quase nada ter saído do papel até hoje.

 

- Essa tão esperada reforma que parece não vir nunca repactuaria e redesenharia a relação entre o nível de tributação e os gastos públicos, reformularia alguns tributos existentes, extinguiria outros, reequilibraria alíquotas de impostos e taxas e no campo fiscal propriamente dito renegociaria o pacto federativo no que se refere à arrecadação e os gastos entre os níveis federativos da União, dos estados e dos municípios - disse.

 

O senador Paulo Paim registrou, ainda, avanços na negociação entre os trabalhadores técnico-administrativos e as instituições públicas de ensino superior. Esses servidores estão em greve desde 28 de maio por mudanças na lei que define o plano de carreira da categoria e exigem, dentre outras medidas, plano de capacitação e aprimoramento da carreira, disse Paulo Paim.

 

 

Fonte: Agência Senado

 

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